A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) investiga Djair Oliveira de Araújo, ex-soldado da Polícia Militar (PMERJ), acusado de aplicar um golpe de aproximadamente R$ 30 milhões contra ex-colegas de farda e outros profissionais da segurança pública.
Com uma vida luxuosa e bem-sucedida no mercado financeiro, Djair atraiu dezenas de investidores para sua empresa, usando a reputação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) como garantia de confiança.
Nascido em uma família de classe média, Djair conseguiu entrar para a PMERJ e ficou no corpo por quase uma década. Em março de 2021, solicitou a baixa da corporação para se dedicar integralmente ao seu sofisticado escritório no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.
Apresentando-se como um “mago” dos investimentos, Djair convenceu clientes a investirem até R$ 600 mil na empresa Dektos e na “Trade in Flow”, uma mesa proprietária de operações, prometendo dividendos mensais de 5% do valor investido.
Sob a promessa de rendimentos garantidos, alguns investidores venderam propriedades e contraíram empréstimos para colocar grandes somas de dinheiro nas contas da empresa de Djair.
Vítimas do golpe se organizaram em grupos para compartilhar informações e tentar reaver o dinheiro perdido. Um ex-colega de Djair, que preferiu não ser identificado, perdeu R$ 330 mil ao confiar no ex-policial, atraído pelas promessas de altos retornos financeiros e baixo risco.
Segundo a vítima, Djair também criou a “Trade in Flow”, um projeto de mesa proprietária para operar no mercado nacional e internacional, no qual os investidores depositavam dinheiro em troca de juros. No entanto, o dinheiro investido desapareceu sem explicação.
Apesar das tentativas de acordo judicial para reaver o montante perdido, Djair nunca respondeu e chegou a bloquear vítimas nas redes sociais após cobranças constantes.
Roubo de carro
Enquanto ainda era policial militar, Djair foi preso em dezembro de 2016 pelo envolvimento em um roubo de veículo. Ele e outros dois PMs foram pegos obrigando um mecânico a entregar um Honda Civic.
Rastro de vítimas
Djair se apresentava como CEO da empresa Dektos para atrair investidores e aumentar as operações da empresa. Cerca de 20 pessoas que perderam dinheiro se uniram em um grupo para trocar informações e buscar reparações.
Um ex-colega de Djair na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) relata ter perdido R$ 330 mil ao depositar dinheiro nas contas do ex-policial em busca de retornos expressivos e seguros.
Perda de R$ 330 mil
Após quatro anos, o montante investido pelo ex-policial simplesmente desapareceu das contas de Djair, resultando em um prejuízo significativo. Todas as tentativas de recuperação do dinheiro foram em vão, pois Djair nunca prestou esclarecimentos ou se comprometeu a devolver os valores investidos.
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