Rebeldes sírios, liderados por islamistas radicais, entraram na cidade estratégica de Hama, na Síria, após confrontos com o exército de Bashar al-Assad, que admitiu sua derrota. Hama é uma cidade localizada no eixo que liga Homs, no centro, e Damasco, a capital do país, que são as únicas cidades sob controle de Assad. O avanço dos rebeldes está enfraquecendo o presidente sírio.
Em apenas uma semana, os rebeldes conseguiram tomar a maior parte de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, continuando em direção a Hama. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, mais de 800 pessoas morreram, entre terroristas e civis, durante esses confrontos.
Após a entrada em Hama, alguns rebeldes comemoraram atirando para o alto, enquanto outros se ajoelharam para rezar. Muitos moradores aplaudiram a chegada dos insurgentes. Em Homs, parte da população começou a fugir diante da possibilidade de os rebeldes tomarem a cidade. Relatos dizem que os moradores temem represálias e se preparam para lutar até a morte.
O Exército Sírio reconheceu a perda de controle de Hama e anunciou a redistribuição de suas forças para fora da cidade. A situação dos confrontos na Síria é a mais intensa desde 2020. O país está dividido entre várias zonas de influência e conta com o apoio de potências estrangeiras, gerando um cenário complexo e violento. O secretário-geral da ONU exigiu o fim do que chamou de “massacre” na Síria, ressaltando a importância de buscar uma solução política para o conflito.
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