No ano de 2024, 41.516 pessoas de outras unidades da federação foram internadas em Brasília, custeadas pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que atualmente representa mais de 60% do orçamento da Secretaria de Saúde local. A proposta de corte no FCDF, sugerida pelo Palácio do Planalto e em análise pelo Congresso Nacional, pode prejudicar a qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) na capital do Brasil.
Entre janeiro e setembro de 2024, hospitais públicos do DF atenderam a 36.333 pacientes da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno, o que corresponde a quase metade de todas as internações da Ride. Além disso, 5.183 pacientes de outros estados foram acolhidos em Brasília, incluindo casos de alta complexidade.
Na área de saúde materno-infantil, a capital brasileira também se destaca, realizando a maioria dos partos e puerpérios da Ride, assim como internações por complicações perinatais.
No setor ambulatorial, foram realizados mais de 78 mil procedimentos de alta complexidade até setembro de 2024, beneficiando não apenas a Ride, mas também pacientes de outros estados atendidos em Brasília.
O esforço do SUS local em garantir assistência de qualidade para sua população, que soma cerca de 2,8 milhões de habitantes, bem como absorver parte da demanda de moradores da Ride e de outras regiões do país, é evidenciado pelos números apresentados pela Secretaria de Saúde do DF.
Com a verba do FCDF se tornando a principal fonte de receita do orçamento da saúde nos último anos, representando 62% da receita total, a possível redução desse fundo preocupa especialistas e gestores da saúde pública na capital do Brasil.
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