O policial federal Rogério Magno, conhecido como “Rei do Lixo”, foi preso pela própria Polícia Federal por vazar informações sigilosas para alvos da Operação Overclean. Esse não foi o primeiro caso em que Magno é envolvido por cometer esse tipo de crime. Anteriormente, ele foi citado em outras duas investigações pelo mesmo motivo.
No caso da Operação Overclean, realizada em Salvador, o policial é acusado de repassar informações sensíveis, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas, aos alvos da operação. Anteriormente, em 2020, Magno já havia sido mencionado na Operação Faroeste, por repassar informações sigilosas a investigados.
De acordo com investigações da PF, Magno também é suspeito de vazar informações de operações policiais para alvos da Operação Faroeste, que apurava um esquema de vendas de sentenças no interior da Bahia.
Mesmo chefe da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Magno foi exonerado juntamente com o então secretário Maurício Barbosa. Em 2017, o policial também foi citado na Operação Vortigern, investigando o vazamento de informações sigilosas no Tribunal de Justiça da Bahia.
Operação Overclean
A Operação Overclean tem como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Durante as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos com órgãos públicos apenas em 2024.
Além de Rogério Magno, também foram presos o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro, o secretário de Mobilidade de Vitória da Conquista (BA), Lucas Dias, e o lobista Carlos André.
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