O partido União Brasil está preocupado com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro influenciar negativamente no julgamento da inelegibilidade do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ronaldo Caiado foi considerado inelegível por oito anos pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, em uma decisão anunciada recentemente.
O governador pretende recorrer da decisão e acredita que conseguirá reverter a inelegibilidade no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás. Contudo, o Ministério Público Eleitoral pode recorrer, levando o caso ao TSE.
Líderes do União Brasil estimam que o processo será julgado pelo TSE quando a corte estiver sob a presidência de dois ministros indicados por Bolsonaro: Nunes Marques e André Mendonça.
Nunes Marques assumirá a presidência do TSE em 2026, durante as eleições. Já Mendonça, atualmente suplente na corte, será o vice-presidente do tribunal.
Existe a preocupação de que Bolsonaro possa interferir junto a Nunes Marques para influenciar no julgamento da inelegibilidade de Caiado no TSE.
Ronaldo Caiado, que encerrará seu segundo mandato como governador em 2026, se coloca como pré-candidato à Presidência da República no mesmo campo político de Bolsonaro.
O embate entre Caiado e Bolsonaro já ocorreu nas eleições municipais de Goiânia em 2024, com Caiado apoiando um candidato do União Brasil e Bolsonaro apoiando outro. O candidato apoiado por Caiado saiu vitorioso, o que gerou ação na Justiça Eleitoral contra Caiado e resultou na sua inelegibilidade.
Até o momento, Bolsonaro não se manifestou publicamente sobre a decisão que deixou Caiado inelegível, sendo apenas o senador Flávio Bolsonaro o membro da família que defendeu o governador.
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