QG do Tráfico: como apartamento em Águas Claras era usado por mafiosos

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QG do Tráfico: como apartamento em Águas Claras era usado por mafiosos

Durante a investigação da Operação Siderado, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro passado para combater o tráfico bilionário de drogas, um apartamento em Águas Claras foi descoberto como um centro de apoio, reuniões estratégicas e armazenamento de entorpecentes pela organização criminosa, se tornando um verdadeiro “QG do Tráfico”.

Um dos principais indícios do uso ilícito do imóvel era a presença frequente de criminosos, incluindo líderes como Ailton José da Silva, conhecido como “Calcinha”, Fausto Henrique Ferreira da Silva e Albert Fabiano Dantas da Costa.

A investigação revelou que Fausto era responsável pelos pagamentos das contas do apartamento e que os envolvidos utilizavam identidades falsas, como José Lucas Lima da Silva e Silas Soares Rodrigues, na portaria do prédio.

Tráfico sem fronteiras
O esquema de tráfico internacional do grupo envolvia o envio de skunk para outros estados brasileiros e para a Europa, por meio de empresas de fachada. Além disso, remessas de dinheiro eram enviadas para a Colômbia para financiar a aquisição de drogas.

Para movimentar o dinheiro gerado pelas atividades ilegais, a quadrilha utilizava empresas fantasmas e contas falsas, dificultando o rastreamento das transações financeiras.

Operação Siderado
A investigação resultou em 19 prisões e 13 buscas nos estados de Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia e no Distrito Federal. Além disso, foram bloqueadas 38 contas bancárias e suspendidas as atividades de sete empresas vinculadas ao tráfico.

Um dos líderes do grupo foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol, evidenciando a dimensão internacional do crime. A Polícia Federal continua as investigações para identificar todos os envolvidos nessa rede, que também atuava no comércio ilegal de armas e na eliminação de rivais.


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