99: Nunes multa motociclistas em R$ 7 mil em meio a guerra jurídica

Publicado:

São Paulo – Em um embate judicial com a empresa 99, a Prefeitura de São Paulo vem impondo multas de R$ 7.100,67 a motociclistas cujas motos foram apreendidas por prestarem serviço de mototáxi pelo aplicativo.

A administração tem recolhido as motocicletas desde o anúncio da volta dessa modalidade na cidade, desrespeitando um decreto municipal que veta o serviço.

Desde a semana passada, foram apreendidas 185 motos operando como mototáxi através da 99, resultando em aproximadamente 200 mil viagens realizadas no período.

Além das taxas para a retirada dos veículos do pátio da SPtrans, os motociclistas são notificados com uma multa de R$ 7.100,67 por atuarem em transporte clandestino.

Essas ações geraram protestos, culminando em uma manifestação dos profissionais em frente à prefeitura. Enquanto isso, o prefeito debatia o assunto com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho.

Os motociclistas alegam que a 99 orientou a não pagar a multa, afirmando que providenciará suporte a eles em até cinco dias úteis.

A plataforma declarou que está auxiliando os condutores na busca por seus direitos, cobrindo custos associados a multas e apreensões.

O prefeito Ricardo Nunes defende as fiscalizações como parte das atividades diárias da Guarda Civil Metropolitana, visando o cumprimento das leis que proíbem o transporte remunerado de passageiros em motos.

“Quando um agente público observa a violação de uma norma, é necessário agir, do contrário, ele pode ser responsabilizado por omissão. Se o transporte de passageiros em motos é proibido, ações precisam ser tomadas, e a moto não pode continuar em circulação”, explicou o prefeito.

O Departamento de Transportes Públicos (DTP) da prefeitura esclareceu que o serviço na cidade é considerado clandestino, conforme legislações específicas que preveem sanções e multas para transporte individual remunerado de passageiros sem autorização municipal.

Os infratores têm 30 dias para recorrer, sendo necessário apenas o pagamento das taxas de remoção e estadia, não a multa.

Contextualização:

  • A disputa judicial entre a 99 e a Prefeitura de São Paulo surgiu com a retomada do serviço de mototáxi pela empresa, proibido desde janeiro de 2023 por um decreto municipal;
  • A prefeitura tem efetuado fiscalizações para apreender motos de profissionais que utilizam o app para corridas;
  • A Justiça paulistana validou o decreto, mantendo a proibição, e notificou a empresa para suspender o serviço em 24 horas;
  • A 99 argumenta respaldada por leis federais e entendimentos do STF, que vetam proibições municipais a serviços de transporte via aplicativo;
  • A plataforma assegura a segurança das viagens, com condutores habilitados e protocolos rígidos;
  • O prefeito Nunes intensificou as ações contra a empresa, citando preocupações com a segurança viária e ameaçando medidas judiciais e fiscalizatórias rigorosas.

Chamado à Ação: Compartilhe sua opinião sobre essa situação. Como você acha que a Prefeitura e a empresa poderiam resolver esse impasse?

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Coaf: empresa de Careca do INSS movimentou 5 vezes mais que a renda

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apresentou um relatório sobre a Prospect Consultoria Empresarial, de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como...

“Gêmeas do crime” planejavam esquema de assassinatos por encomenda

Uma investigação policial está revelando um esquema alarmante de homicídios por envenenamento em São Paulo e no Rio de Janeiro, com um nível...

Polícia recupera carro roubado na Avenida Afrânio Peixoto, em Salvador

Neste domingo (12), policiais militares conseguiram recuperar um carro no bairro da Avenida Afrânio Peixoto, em Salvador. O veículo...