Associação de moradores pede “diálogo transparente e democrático” sobre revitalização do Rio Vermelho

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Diante das preocupações levantadas por empresários imobiliários acerca do futuro da construção civil no Rio Vermelho, a associação de moradores local solicita um “diálogo transparente e democrático” para fomentar a revitalização do bairro. Em comunicado enviado ao Bahia Notícias, o grupo ressalta que o Rio Vermelho continua “vibrante e atraente.”

“Como residentes e frequentadores do Rio Vermelho, reconhecemos a importância do debate sobre o equilíbrio entre a preservação do patrimônio e o desenvolvimento econômico. No entanto, discordamos veementemente da narrativa que atribui a estagnação do bairro apenas à existência de normas de preservação de seu patrimônio histórico e cultural. O Rio Vermelho permanece um local vivo e atrativo graças ao amor e dedicação de seus habitantes e comerciantes, que continuamente investem na preservação de nossa história e cultura. Infelizmente, temos sofrido com a falta de uma atuação adequada e coerente por parte do poder executivo municipal em relação à gestão e planejamento urbano da região”, ressalta o comunicado.

O grupo enfatiza que é necessário “esclarecer que a tentativa de envolvimento da população local no desenvolvimento econômico e urbano do bairro tem sido negligenciada”. “Projetos como a revitalização da orla do Buracão, por exemplo, só avançaram mediante imposições polêmicas, como a construção de dois prédios de 15 andares em uma rua sem saída, à beira-mar. Além disso, a recentemente entregue ‘ciclovia’ na Rua Conselheiro Pedro Luiz é um exemplo de projeto urbano carente de planejamento adequado e respeito às normas técnicas. A ciclovia, embora nova, apresenta diversos perigos para os ciclistas”, acrescenta o comunicado.

O grupo de moradores destaca que o Rio Vermelho “não está estagnado por conta de restrições de altura, mas sim pela ausência de diálogo transparente e democrático entre o poder público, a iniciativa privada e os cidadãos”.

“Os desafios que enfrentamos são resultados diretos da falta de políticas urbanas que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, cultural e social. Estamos ansiosos para debater profundamente as outorgas, licenças concedidas e o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da cidade, sempre com o objetivo de garantir que o crescimento do Rio Vermelho seja sustentável, inclusivo e respeitoso com a história que o torna único. Seguimos na expectativa de que nossas vozes sejam ouvidas e que, juntos, possamos construir um bairro que respeite sua essência enquanto avança de forma equilibrada”, conclui o comunicado do movimento SOS Buracão.

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