Você conhece o lipedema? Trata-se de uma condição crônica que se caracteriza pelo acúmulo atípico de gordura em regiões como pernas, braços, joelhos e coxas, apresentando uma aparência desproporcional em relação ao restante do corpo, o que a diferencia da obesidade.
A prevalência do lipedema em mulheres se deve, em grande parte, aos hormônios femininos, o que torna a condição mais recorrente em momentos de desequilíbrio hormonal, como menopausa, gravidez e uso de anticoncepcionais. Além disso, fatores genéticos desempenham um papel crucial no surgimento da doença, que muitas vezes é confundida com celulite, retenção de líquidos e obesidade.
Estudos apontam que aproximadamente 11% das mulheres podem sofrer com o lipedema, porém, muitas vezes o problema não é diagnosticado corretamente, devido à confusão com outras condições. Características como edemas, formação de hematomas frequentes, cansaço, desconforto estético e dor em áreas afetadas são sintomas comuns associados ao lipedema.
A predisposição genética é um fator determinante, onde cerca de 60% das mulheres nascem com genes que propiciam o acúmulo de gordura nas pernas. Embora não sejam identificados especificamente, esses genes podem estar presentes na árvore genealógica, com a ocorrência da condição em familiares como mãe, avó ou tias.
É fundamental destacar que o lipedema é uma condição crônica e progressiva, exigindo tratamento constante ao longo da vida. Observa-se que a manifestação da doença tende a diminuir em pessoas com baixo percentual de gordura e se acentua em casos de ganho de peso.
Embora não haja um método comprovado para prevenir o desenvolvimento do lipedema, é possível adotar medidas para evitar seu agravamento. Manter um peso adequado, praticar atividades físicas regularmente e adotar uma dieta equilibrada, com foco em vegetais, frutas, carnes magras e controle de alimentos ricos em açúcares e gorduras, são ações que podem contribuir positivamente.
A doença de Yasmin Brunet trouxe visibilidade ao lipedema, despertando a discussão e consciência sobre essa condição que impacta a qualidade de vida das mulheres. Ao buscar compreender as causas e formas de tratamento do lipedema, é possível melhorar a abordagem e apoio a quem convive com essa doença.
Por fim, lembramos que as informações aqui apresentadas têm caráter informativo e não substituem a avaliação de profissionais de saúde. Recomenda-se sempre consultar um médico ou especialista para orientações personalizadas relacionadas à sua saúde.
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