Eletronuclear: decisão de desistir de Angra 3 seria “catastrófica”

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O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, expressa profunda preocupação com a possibilidade de abandonar a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, classificando a decisão como “ruim, péssima e catastrófica”. A Eletronuclear é responsável pela gestão das usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ), sendo que o Brasil já investiu R$ 12 bilhões em Angra 3 até o momento.

A continuidade ou não das obras de Angra 3 será definida pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). Uma reunião está prevista para determinar o futuro da usina até o final de janeiro, após ter sido adiada em dezembro devido a um pedido de vista.

Desenvolvimentos acerca de Angra 3:

  • As obras de Angra 3 tiveram início em 1981, porém sofreram diversas interrupções ao longo do tempo, e foram completamente paralisadas em 2015, sem avanços significativos desde então;
  • Os altos custos da obra e os escândalos de corrupção passados estão entre os motivos das paralisações;
  • Para não perder os 66% de conclusão já alcançados, é fundamental manter a manutenção periódica de todos os equipamentos e materiais adquiridos e armazenados nas proximidades da usina;
  • Conforme levantamento do BNDES, serão necessários R$ 23 bilhões para finalizar a construção de Angra 3; caso a desistência seja a opção, o custo para arcar com a situação será de R$ 21 bilhões.
  • O CNPE adiou a decisão sobre a retomada da obra em dezembro, devendo retomar a discussão sobre o futuro de Angra 3 em reunião posterior neste mês;
  • Em caso de reinício, a previsão é concluir a obra somente em 2031.

Raul Lycurgo alerta sobre as graves consequências de uma eventual decisão de não finalizar a construção de Angra 3. Ele destaca a possibilidade de demissões em massa e as cobranças dos credores, ressaltando os montantes envolvidos em equipamentos e contratos que seriam cancelados.

O presidente da Eletronuclear destaca a preocupação com a necessidade de destinar cerca de R$ 120 milhões anualmente para a manutenção das obras paralisadas de Angra 3, um gasto considerável para algo que permanece inativo.

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