Dívida bruta do Brasil fecha em 76,1% do PIB em 2024

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De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, valor representa um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, totalizando em R$ 9 trilhões 

Raphael Ribeiro/BCB

Prédio do Banco Central do Brasil

Dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (31)

De acordo com dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (31), a dívida bruta do Brasil encerrou o ano de 2024 em 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representa um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, totalizando R$ 9 trilhões. Em 2023, esse indicador estava em 73,8% do PIB. Essa trajetória de crescimento da dívida pública tem gerado preocupações no mercado financeiro. Em dezembro, a dívida bruta apresentou uma queda, impulsionada pela venda recorde de dólares pelo Banco Central, que resultou na diminuição das reservas internacionais.

De acordo com projeções do Tesouro Nacional, a dívida bruta pode alcançar 83,1% do PIB até 2028, caso não sejam implementadas novas medidas de arrecadação. As expectativas do mercado sugerem que, em 2029, o endividamento pode ultrapassar a marca de 90% do PIB. O aumento observado em 2024 é atribuído à incorporação de juros nominais e à desvalorização da moeda.

A dívida líquida, por sua vez, alcançou 61,1% do PIB em 2024, totalizando R$ 7,2 trilhões. O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 47,6 bilhões ao final do ano, uma redução significativa em comparação ao déficit de R$ 249,1 bilhões registrado em 2023. Em dezembro, o cenário foi mais favorável, com um superávit primário de R$ 15,7 bilhões, resultado do desempenho positivo do governo.

Esses números refletem um cenário desafiador para a economia brasileira, que enfrenta a necessidade de ajustes fiscais e medidas que possam garantir a sustentabilidade da dívida pública.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira 

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