Decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo mantém pastora Denise como viúva de Rina, fundador da Bola de Neve, e afasta conselho administrativo da igreja evangélica. Disputas por comando religioso em destaque nos últimos meses.
A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a anulação do divórcio entre Denise Seixas e Rinaldo Luiz de Seixas, conhecido como apóstolo Rina, fundador da Bola de Neve. Com a decisão, proferida pelo desembargador Edson Luiz de Queiroz em 18 de dezembro, a pastora é reconhecida como viúva do apóstolo, que faleceu em novembro em decorrência de um acidente de moto. Além disso, a Justiça parcialmente aceitou o pedido da cantora gospel para afastar o conselho administrativo da igreja, que tem sido palco de disputas pelo comando nos últimos tempos. O recente desfecho mantém Denise como figura central na sucessão da liderança da instituição após a morte de Rina.
Documentos revelam que Denise havia concordado em deixar o cargo de vice-presidente da Bola de Neve em agosto deste ano, como parte de um acordo de divórcio. Após o conselho administrativo eleger um vice-presidente interino em novembro, acusações de invasão à igreja foram feitas contra a pastora, resultando em uma ordem de reintegração de posse para retirá-la da sede da instituição. No entanto, uma nova decisão judicial em dezembro invalidou o divórcio de Denise e Rina, sustentando sua posição como vice-presidente da igreja e herdeira natural do comando após o falecimento de Rina. O embate pelo controle da Bola de Neve deve continuar, uma vez que o conselho alega que a decisão recente não é definitiva e segue em litígio.
Em comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira (6/1), a Igreja Bola de Neve reafirmou a posição de que a renúncia de Denise ao cargo de vice-presidente foi anulada e que a pastora permanece como representante legítima da instituição, sinalizando possíveis desdobramentos judiciais futuros.
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