A Colômbia e o México tomaram uma posição firme ao se recusarem a aceitar voos militares com deportados dos Estados Unidos, em resposta aos relatos de maus-tratos sofridos por brasileiros deportados que chegaram ao país recentemente. O presidente colombiano, Gustavo Petro, destacou os casos de brasileiros chegando algemados e acorrentados como motivo para a não aceitação de voos com migrantes colombianos deportados em aviões militares.
Petro afirmou que os EUA não podem tratar migrantes colombianos como delinquentes e desautorizou a entrada de aviões norte-americanos com esses migrantes no território colombiano. Ele enfatizou a necessidade de os EUA estabelecerem um protocolo de tratamento digno aos migrantes antes que sejam recebidos pelos países de origem.
Enquanto um voo com 80 migrantes colombianos já tinha decolado da Califórnia, as autoridades colombianas suspenderam a autorização para sua chegada. Petro ressaltou o compromisso com a liberdade humana e reiterou que imigrantes ilegais na Colômbia devem regularizar sua situação de acordo com a lei colombiana, evitando a deportação.
No que diz respeito ao México, assim como ocorreu com o Brasil, o país também se recusou a receber um voo militar com deportados. O governo mexicano revogou a autorização pouco antes da decolagem de um voo programado para transportar 80 migrantes. Enquanto outros voos com destino à Guatemala foram realizados sem problemas, a postura de rejeição a voos com deportados dos EUA permaneceu.
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