Um menino de 4 anos presenciou o primeiro feminicídio do ano e alertou a avó dizendo: “Papai matou a mamãe”. Jadison, o suspeito, foi preso após tentar fugir para o Piauí e confessou o crime. Ana, vítima de violência constante, foi a primeira vítima de feminicídio em 2025 na capital federal.
O feminicídio inaugurou o ano na capital federal diante dos pequenos filhos do casal, onde o mais velho de apenas 4 anos comunicou à avó sobre o terrível incidente, envolvendo a vítima Ana Moura Virtuoso, 27, e seu possível algoz Jadison Soares da Silva, 47. As autoridades capturaram Jadison quando tentava escapar para o Piauí, após ele confessar o crime, alegando ser um acidente. Com um histórico marcado por violência doméstica, Jadison já tinha sido denunciado por agressão diversas vezes, inclusive por sua atual companheira e ex-mulher.
O delegado adjunto da 8ª Delegacia de Polícia esclareceu que Jadison foi encontrado em tentativa de fuga rumo ao interior do Piauí. Entretanto, o rapaz chamou atenção das autoridades por exibir certo nervosismo ao se deparar com a polícia, levantando suspeitas sobre uma possível cumplicidade em sua fuga. O menino de 4 anos, filho do casal, foi determinante ao relatar à avó: “Papai matou a mamãe”, contribuindo para a identificação e prisão do suspeito.
As agressões a Ana eram um triste cotidiano na família, com relatos de vizinhos destacando a frequência das agressões verbais e físicas. Em meio a situações motivadas por ciúmes e desentendimentos domésticos, os conflitos culminaram no feminicídio da jovem, que não resistiu aos ferimentos.
Não sendo a primeira vítima do agressor, Ana já havia registrado diversos boletins de ocorrência contra Jadison, culminando em uma medida protetiva solicitada em abril de 2023. Apesar das agressões contínuas, a vítima chegou a pedir a retirada dessa medida em algum momento. Jadison, usuário de drogas, apresentava um comportamento cada vez mais violento e agressivo ao longo do tempo, segundo relatos da própria Ana e familiares.
O histórico de violência de Jadison incluiu, além do caso de Ana, ataques a outras mulheres, como a invasão à casa de uma ex-sogra em 2018. Com experiência como pedreiro, Jadison e Ana enfrentavam desafios financeiros, agravando o cenário de violência e instabilidade no lar.
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