O presidente Lula (PT) realizará uma reunião ministerial nesta segunda-feira (20) com o objetivo de reforçar as cobranças e acelerar as entregas dos ministérios durante a segunda metade de seu mandato. Este encontro, sendo o primeiro do ano, também acontecerá em meio à expectativa de uma possível reforma no alto escalão do governo.
A reunião terá início na Granja do Torto pela manhã e está prevista para durar o dia inteiro, contando com a participação de ministros e líderes do governo no Congresso Nacional.
Como é costume, Lula dará início ao encontro com um discurso inicial, que provavelmente será transmitido. A expectativa de seus aliados é que ele destaque os progressos e conquistas do governo nos últimos dois anos, mas também reforce a necessidade de maior agilidade nas entregas daqui para frente.
O presidente pretende comunicar que o governo está entrando em sua reta final, o que requer a aceleração das medidas a serem implementadas, sobretudo buscando alinhamento com a Secretaria de Comunicação da Presidência. A recente crise relacionada ao Pix reforçou no Planalto a importância de um discurso mais coeso na Esplanada.
Após a abertura, está previsto que o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, faça sua primeira intervenção perante todo o primeiro escalão do governo. Desde sua posse na última terça-feira, Palmeira enfrentou os desafios decorrentes da crise do Pix.
Uma das dificuldades que Sidônio enfrentará, de acordo com membros do governo, será alinhar o discurso no âmbito governamental. Há uma percepção no Palácio do Planalto de que muitos ministros, ao propor medidas ou tomar decisões, nem sempre estão alinhados com a visão do presidente.
Além de Lula e Sidônio, Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) terão participação nas falas iniciais. Cada ministro terá a oportunidade de apresentar de forma concisa um balanço de suas respectivas pastas e uma projeção para o ano de 2025.
Lula tem o hábito de fazer advertências aos seus colaboradores durante tais reuniões, o que poderia indicar possíveis mudanças nos ministérios nas próximas semanas. No entanto, ministros afirmam, de maneira reservada, que a reforma ministerial não deverá ser abordada diretamente.
Após determinar o início das negociações com partidos aliados para a reforma ministerial na semana passada, espera-se que as conversas transcorram nas próximas semanas, a fim de redesenhar o primeiro escalão do governo após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
O presidente orientou o ministro Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, a discutir com as legendas presentes na Esplanada dos Ministérios possíveis trocas nas pastas ocupadas por elas, assim como outras demandas.
Essas orientações evidenciam as mudanças que ele pretende implementar para a segunda metade de seu mandato, visando fortalecer a base de apoio governista no Congresso e estabelecendo as bases para a candidatura governista nas eleições presidenciais de 2026.
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