Mais de 30 mulheres foram executadas no Irã em 2024, o maior índice em 16 anos.
Em 2024, ocorreu no Irã um aumento significativo no número de execuções de mulheres, ultrapassando 30 casos. A maioria foi condenada por tráfico de drogas ou assassinato, com 70% das sentenças relacionadas a violência doméstica. O sistema judicial iraniano tem sido criticado por não considerar circunstâncias atenuantes, como histórico de abuso, nas decisões de pena de morte, resultando em execuções de vítimas de violência. Um exemplo emblemático é o caso de Zahra Esmaili, condenada por matar o marido agressor e impedida pela legislação islâmica de ter seu sofrimento considerado. O aumento das execuções é visto como uma estratégia do governo para instilar medo na população após protestos recentes. O mês de outubro de 2024 registrou o maior número de execuções em um único mês desde o início do monitoramento.
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