Desde a posse de Donald Trump, o México tem se mobilizado para lidar com as medidas do novo presidente dos Estados Unidos, em especial na área da migração. O governo mexicano manifestou disposição em cooperar na recepção de cidadãos deportados pelos EUA.
O México tem agido como uma barreira secundária, reduzindo o fluxo de migrantes em direção aos Estados Unidos. Com a chegada de Trump, o país também teve que acolher solicitantes de asilo recentemente rejeitados pelos EUA.
O presidente americano prometeu um plano de deportação em massa, prevendo a expulsão de cerca de um milhão de imigrantes anualmente. Mais de 11 milhões de migrantes indocumentados nos Estados Unidos podem ser afetados por essa medida. A Casa Branca já despachou quatro aviões transportando migrantes deportados para o México neste último fim de semana.
No lado mexicano, o governo implementou o plano “México te abraza” para acolher migrantes em seis estados fronteiriços. Serão construídos nove centros de recepção, incluindo um em Chihuahua.
Em Ciudad Juarez, na fronteira com os EUA, está em andamento a construção de um abrigo temporário, localizado próximo ao muro que separa os dois países. Esse abrigo, por ora, consiste em uma grande tenda com capacidade para 2.500 pessoas. Os migrantes deportados dos EUA serão acolhidos e, se necessário, encaminhados a um dos 30 abrigos na cidade.
A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que o México está disposto a receber também cidadãos de outras nacionalidades e providenciar repatriação voluntária, sem se tornar um canal obrigatório para esses deportados.
As autoridades mexicanas expressam preocupação com uma possível saturação na fronteira caso ocorram deportações em massa. O programa “Quedate en Mexico” (“Fique no México”), que já vigorou de 2019 a 2021 e foi recentemente restabelecido por Trump, já sobrecarregou os abrigos na fronteira, fazendo com que potenciais refugiados aguardem em território mexicano durante o processo de solicitação de asilo nos EUA.
A Anistia Internacional do México demonstra apreensão quanto ao destino dos milhares de migrantes retidos ou deslocados na fronteira com os Estados Unidos.
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