Um episódio peculiar se destacou na investigação da Operação Overclean, que desvendou uma vasta rede de corrupção. O motorista Amon, que trabalhava para Alex Parente, líder do esquema criminoso, foi acusado de furtar R$ 30 mil em propina.
Amon era responsável por transportar dinheiro em espécie para pagamentos irregulares a agentes públicos em vários estados. Em setembro de 2024, ele deveria entregar o montante em Tocantins, mas o dinheiro desapareceu antes de chegar ao destino. Segundo seu chefe, Alex Parente, Amon teria furtado o dinheiro escondido sob o carpete do carro enquanto se ausentava para calibrar os pneus em um posto de gasolina.
No decorrer das investigações, Alex revelou conversas interceptadas pela PF, onde contava a um comparsa sobre um incidente anterior envolvendo Amon e outro indivíduo chamado Daniel, que resultou em outro desaparecimento de dinheiro. Amon nunca admitiu o furto, mesmo com pressão para revelar a localização do montante desviado.
Alex, inconformado com a situação, tentou rastrear o dinheiro e até considerou que ele poderia ter sido escondido na casa de um contato conhecido como Robinho. Enquanto isso, precisou lidar com as repercussões do desaparecimento da propina, como explicar a situação para um dos possíveis destinatários do dinheiro, Rogério.
A Operação Overclean tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de diversos crimes, incluindo fraudes, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, o grupo movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão durante o período investigado, sendo R$ 825 milhões provenientes de contratos com órgãos públicos apenas em 2024.
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