São Paulo – A construção do Muro da Cracolândia pela Prefeitura de São Paulo está sob críticas da defensora pública Fernanda Balera. Ela aponta que a estratégia pretendia precarizar a vida dos frequentadores e fomentar internações compulsórias.
O muro, localizado na Rua General Couto Magalhães, é alvo de críticas da Defensoria e de uma ONG local, que o veem como uma forma de confinamento. Fernanda Balera ressalta que a precarização da região induz somente à internação, sem abordar a complexidade do problema.
A defensora pública destaca a ineficácia da medida e ressalta a necessidade de uma mudança na abordagem política em relação ao caso.
O prefeito Ricardo Nunes defendeu a construção como substituição de tapumes de metal, enquanto foi notificado pelo ministro Alexandre de Moraes para explicar a ação na Cracolândia.
Entenda o caso:
- Prefeitura ergueu um muro de alvenaria de 40 metros na Rua General Couto Magalhães em 2024;
- O muro delimita um terreno municipal triangular na região;
- A medida é vista como isolamento dos frequentadores;
- A gestão municipal alega a substituição de tapumes frequentemente danificados.
Fernanda Balera afirma que o muro, somado às grades existentes, reforça a limitação de circulação das pessoas na região, evidenciando a arquitetura hostil presente.
A defensora critica a abordagem da Prefeitura, enquanto a militante Tamaris Campos Estevam relata a imposição de restrições aos frequentadores no local.
“Perda de tempo”
O prefeito lamentou a atenção dedicada ao muro, em detrimento do cuidado com as pessoas, enquanto aguarda esclarecimentos solicitados pelo STF.