Uma investigação revelou a atuação de uma máfia chinesa que extorquia, ameaçava, sequestrava e matava chineses que atuavam no comércio de produtos importados em São Paulo. O Grupo Bitong, ramificação da máfia na capital paulista, exigia altas quantias em dinheiro dos comerciantes sob ameaça de morte. Depoimentos mostram a rotina de violência e medo imposta pela organização criminosa.
No centro de São Paulo, um assassinato em 2015 desvendou a presença da máfia chinesa Grupo Bitong, que extorquia, ameaçava, sequestrava e chegava até a matar chineses envolvidos no comércio de produtos importados em áreas como a 25 de Março. A organização, indicada pela investigação como responsável por assassinatos, atuava cobrando quantias exorbitantes em dinheiro para “permitir” a continuidade dos negócios dos comerciantes chineses. Caso recusassem, eram vítimas de morte. Testemunhas relataram o terror imposto pela máfia, que culminava em violência e medo constantes. A investigação revelou depoimentos de vítimas protegidas pelos codinomes Alpha, Beta, Delta, Eco, Fox, Golf, Hotel, India, November, Juliet e Lima, que pagaram altas somas em dinheiro aos criminosos para se protegerem e protegerem suas famílias. O líder do grupo, Liu Bitong, preso em 16 de dezembro de 2024, foi apontado como o grande articulador das extorsões, sequestros e ameaças, resultando em um montante exorbitante de mais de R$2,7 milhões extorquidos entre 2014 e 2017.
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