A Agência Espacial Europeia (ESA) e a Academia Chinesa de Ciências (CAS) uniram forças em uma colaboração inédita. A missão espacial, batizada de SMILE (Explorador de Conexão Íon-Magnetosfera do Vento Solar), tem como principal objetivo estudar a interação entre o vento solar e a magnetosfera terrestre. Com lançamento previsto para o início de 2026, a missão partirá a bordo de um foguete Vega-C, do Porto Espacial Europeu em Kourou, Guiana Francesa.
A missão, com peso de 2,3 toneladas, observará as partículas carregadas emitidas pelo Sol e analisará sua interação com o espaço ao redor da Terra. Equipada com tecnologia de ponta, como analisadores de íons, magnetômetros e câmeras de raios-X e ultravioleta, a SMILE busca desvendar mistérios fundamentais como: o impacto do vento solar no escudo magnético terrestre, as causas das falhas magnéticas no lado noturno do planeta e a previsão de tempestades solares perigosas com maior precisão.
Compreendendo o Vento Solar e Salvaguardando Vidas em Órbita
As respostas a essas perguntas podem aprimorar a previsão do clima espacial, protegendo satélites, sistemas de comunicação e os próprios astronautas em órbita. Enquanto a ESA é responsável pelo módulo de carga útil, pelo foguete Vega-C e por um dos instrumentos científicos, a CAS cuida de três instrumentos e das operações da missão.
A parceria entre as agências iniciou em 2015, quando a proposta da SMILE foi escolhida entre 13 colaborações. Apesar de desafios técnicos e da pandemia de COVID-19 terem causado atrasos, o projeto está pronto para decolar.
Cooperação Internacional Forte no Espaço
Enquanto a missão SMILE avança, a China explora outras ideias, incluindo uma missão para posicionar satélites ao redor da Lua a fim de detectar sinais do Universo primordial. A Lua serviria como proteção contra interferências terrestres, permitindo a captação de ondas de rádio de longo alcance.
A missão SMILE representa um importante passo na colaboração internacional em ciência espacial, combinando conhecimentos europeus e chineses para estudar fenômenos que afetam diretamente a vida na Terra. Com o lançamento agendado para 2026, a missão promete fornecer informações valiosas sobre o clima espacial e fortalecer a capacidade de prever e mitigar seus impactos.
Fonte: Space.com
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