Sobrevivente do holocausto: é preciso denunciar apologias ao nazismo

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Rolande Fichberg, sobrevivente do holocausto, carrega consigo as memórias de uma época sombria. Aos 85 anos, testemunhou Elon Musk repetir um gesto ligado ao regime responsável pela morte de milhões de inocentes, incluindo sua própria família judia. Para Fichberg, é crucial denunciar e não permitir que atos de apologia ao nazismo passem despercebidos.

“Não era meu desejo assistir um ato igual àquele, o levantamento de um braço no sinal, a apologia ao nazismo, já que eu luto tanto contra isso. Mas isso acontece e a gente tem que combater. E é bom denunciar, é bom todo mundo saber que não passou despercebido, que aconteceu e que as pessoas tomaram até sua posição”, defendeu.

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No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, Fichberg marcou presença em uma cerimônia no Palácio da Cidade do Rio de Janeiro, em homenagem aos que sofreram com o regime nazista e celebrando os 80 anos da libertação de Auschwitz. A data, instituída pela ONU em 2005, é um lembrete da brutalidade vivida nos campos de concentração, como Auschwitz, que testemunhou a morte de cerca de 1,2 milhão de pessoas, incluindo judeus, LGBTI+, ciganos, negros e outros grupos perseguidos.

O evento, intitulado “80 anos depois: Memória, Resistência e Esperança”, foi uma iniciativa conjunta do vereador Flávio Valle, da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), com apoio da Prefeitura e da Confederação Israelita do Brasil. Autoridades, sobreviventes do Holocausto e descendentes estiveram presentes para reiterar a importância da preservação histórica e da luta contra ideologias extremistas.

Memória Preservada, Futuro Protegido

O presidente da FIERJ, Bruno Feigelson, enfatizou a necessidade de manter viva a memória das vítimas para evitar a repetição de atrocidades. Ele destacou o papel significativo do Brasil no acolhimento de judeus durante um período conturbado e ressaltou a contribuição desses imigrantes para a nação.

O Cônsul-Geral da República Federal da Alemanha, Jan Freigang, reafirmou o compromisso de seu país em enfrentar seu passado e combater o antissemitismo, ressaltando a importância de barrar qualquer forma de apologia ao nazismo. Ele alertou para a crescente disseminação de ideais extremistas, online e offline, e a necessidade de resistir a essas manifestações.

Justiça e Verdade: Pilares da Memória

Em um ato simbólico, velas foram acesas por sobreviventes, autoridades e ativistas, incluindo Ana Bursztyn Miranda, membro do Coletivo RJ Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia. Miranda, ex-presa política durante a ditadura brasileira, comparou a consagração da memória do holocausto com a falta de reparação e reconhecimento dos crimes ocorridos no Brasil. Ela ressaltou a importância de assumir os erros do passado para construir um futuro mais justo e solidário.

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