São Paulo – O tenente da Polícia Militar Fernando Genauro da Silva, detido por suspeita de dirigir o veículo que transportava os executorres de Vinícius Gritzbach, teria feito uma ligação para um dos seguranças da vítima momentos antes do assassinato. Gritzbach, alvo do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro do ano passado. Durante a execução, um civil e quatro policiais militares faziam a escolta de Gritzbach, que retornava de uma viagem a Maceió.
Oficialmente, não havia indícios de participação dos PMs no assassinato. Contudo, uma fonte da Corregedoria da Polícia Militar revelou que o telefonema feito pelo tenente Fernando Genauro ao segurança civil seria uma evidência da cumplicidade dos seguranças com os atiradores.
O tenente perguntou ao segurança civil, presente na viagem com Gritzbach: “Já chegaram?”. Após a prisão de Genauro, o segurança em questão foi até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento, afirmando que só percebeu a possibilidade de envolvimento do PM no crime após a detenção.
Além do telefonema, outro policial que escoltava o delator levantou suspeitas ao deixar seu celular fora da área do aeroporto para evitar rastreamento.
Detalhes da viagem a Alagoas
- Vinícius Gritzbach viajou para Alagoas em 1º de novembro para uma estadia em São Miguel dos Milagres;
- Na viagem, estavam sua namorada, Maria Helena Paiva Antunes, o segurança Danilo Lima Silva e o PM Samuel Tillvitz da Luz;
- Dois dias antes de retornar a São Paulo, Gritzbach enviou seu segurança civil buscar joias em Maceió, avaliadas em mais de R$ 1 milhão;
- O delator teria solicitado o resgate das joias após receber uma ligação de um devedor de R$ 2 milhões;
- As joias serviriam como parte do pagamento da dívida.
Executores detidos
Além do tenente Fernando Genauro da Silva, motorista na operação, dois cabos da PM foram presos como atiradores. Denis Martins e Ruan da Silva Rodrigues passarão por coleta de amostras de DNA. No total, 17 policiais foram detidos, sendo 14 por envolvimento na escolta irregular e 3 pelo suposto envolvimento no assassinato de Gritzbach.
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