À Variety, Fernanda Torres afirma que EUA patrocinaram ditadura no Brasil

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Durante uma entrevista à renomada revista Variety, a atriz Fernanda Torres, 59 anos, ressaltou a dimensão política do filme “Ainda Estou Aqui”. Ela destacou o impacto social da obra de Walter Salles, enfatizando sua relevância ao tocar em questões sensíveis da história brasileira.

Ainda promovendo o filme, Fernanda Torres participou do podcast da Variety, após receber reconhecimento no Globo de Ouro e concorrer ao prêmio de melhor atriz no Oscar 2025.

Na entrevista, a artista sublinhou a mensagem social presente no filme, ressaltando que, para os brasileiros, a produção vai além de um drama histórico, abordando feridas ainda abertas. Ela ressaltou que a ditadura no Brasil não foi um evento isolado, mas parte de um contexto maior, influenciado pela Guerra Fria, revelando que os Estados Unidos patrocinaram o regime autoritário no país.

Além disso, Fernanda Torres apontou a correlação entre o passado retratado no filme e a realidade atual do Brasil. Ela enfatizou que, embora o enredo remeta a um período distópico, a narrativa não se limita ao passado, ecoando questões atuais como medo, divisão e indignação. A atriz alertou para o ressurgimento do populismo e da crença de que um estado autoritário poderia restabelecer a ordem diante do caos moderno, conclamando à resistência.

Em meio a uma fervorosa campanha de divulgação de “Ainda Estou Aqui” nas redes sociais, Fernanda explicou a paixão dos brasileiros pelo reconhecimento externo de suas produções culturais. Ela destacou o orgulho nacional ao ver artistas brasileiros cruzando fronteiras e sendo aclamados globalmente, ressaltando a mobilização do público para garantir o merecido reconhecimento do filme.

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