Organizações ambientais reagiram vigorosamente ao anúncio do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a adesão do Brasil à “carta de cooperação” da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).
Camila Jardim, do Greenpeace Brasil, destaca que a decisão coloca em risco a liderança climática do Brasil, especialmente às vésperas da COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas. “No mundo atual, essa liderança é crucial”, ressalta. Já Suely Araújo, do Observatório do Clima, enfatiza que o governo está retrocedendo na transição energética nacional ao integrar a Opep+.
WWF-Brasil: Crítica ao Governo
O WWF-Brasil classifica a decisão como “extremamente preocupante”, destacando que o governo aposta em um modelo obsoleto baseado na queima de combustíveis fósseis, refletindo uma abordagem regressiva para o desenvolvimento sustentável.
O Ministro Alexandre Silveira, em meio a pressões para expandir a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, critica a demora do Ibama em autorizar novas explorações. Ele ressalta a necessidade de decisões políticas e técnicas rápidas nesse contexto.
Defendendo a adesão à Opep+, Silveira destaca que o país mantém paralelamente sua participação em organismos de energia renovável. A adesão à Opep é vista como um fórum de discussão estratégica para os países produtores de petróleo, complementando as iniciativas internacionais do Brasil na área.

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