Uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de venda de decisões judiciais liderado por um lobista apontou uma transação financeira suspeita. A advogada Aline Gonçalves de Sousa, casada com um desembargador do TRF-1, recebeu um pagamento de R$ 938 mil de Mirian, esposa do alvo da investigação, oriundos da JBS.
De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foram identificados pagamentos da JBS, no valor de R$ 15 milhões, ao grupo investigado, o que levantou suspeitas e motivou a investigação conduzida pela PF.
A advogada confirmou ter sido contratada por Mirian para atuar em um processo judicial específico. No entanto, por questão de ética e sigilo profissional, não divulgou detalhes sobre os casos em que trabalha, quando questionada sobre sua atuação no mesmo tribunal onde seu marido desempenha suas funções.
Mirian, por sua vez, está envolvida em pelo menos 15 processos em tramitação no TRF-1, mas nenhum deles é de responsabilidade de César Jatahy, desembargador e esposo da advogada que recebeu a quantia mencionada na investigação.
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