Adolfo Menezes, deputado estadual pelo PSD, abordou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou seu afastamento imediato da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em uma entrevista à TV Aratu nesta segunda-feira (10), Adolfo demonstrou estar tranquilo com a decisão, afirmando que já antecipava a possibilidade de ser afastado em algum momento.
“Já sabia dessa possibilidade, visto que casos semelhantes ocorreram em todo o Brasil. Como mencionei em diversas entrevistas no ano passado e este ano, encaro com muita tranquilidade, pois é uma grande honra ter sido eleito por unanimidade nesta Casa, com 62 deputados. Um candidato recebeu apenas um voto, enquanto eu, pela terceira vez consecutiva, obtive os outros 61 votos, completando a unanimidade. Portanto, para mim, é uma grande honra. Todos os colegas deputados estavam cientes dessa possibilidade”, afirmou Adolfo.
O deputado também expressou surpresa com a rapidez da decisão, que foi uma medida liminar concedida pelo ministro relator do caso, Gilmar Mendes. Durante a entrevista, Adolfo enfatizou que há a possibilidade de recurso e que a deputada Ivana Bastos (PSD) assumirá a presidência interinamente até a decisão final.
“A surpresa foi pela celeridade do julgamento, apesar de ser uma liminar. Ainda podemos recorrer, o que faremos, e espera-se que até o final do mês haja uma decisão definitiva. Ainda não fomos oficialmente notificados, o que deve ocorrer até amanhã. Com tranquilidade, repassaremos as responsabilidades para a vice-presidente, deputada Ivana Bastos, até a decisão final”, afirmou Adolfo.
Ele enfatizou que não há qualquer trauma, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento e funcionamento da Casa. “Não haverá surpresas, tudo permanecerá da mesma forma. Naturalmente, sua efetivação na presidência trará mudanças no estilo, o que é esperado, mas para a Bahia, que é o mais importante, tudo continuará igual”, acrescentou.
Nesta segunda-feira, o STF decidiu afastar o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes. Na decisão, Gilmar Mendes, como relator do caso, utilizou o argumento do Marco Temporal estabelecido pelo Supremo em 2021. Esse critério impede a recondução de presidentes das Assembleias Legislativas ao cargo na mesma legislatura. No caso específico, Adolfo estaria indo para o terceiro mandato consecutivo, sendo eleito primeiramente em 2021, depois em 2023 e agora em 2025.
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