O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou um pedido de habeas corpus nesta terça-feira (11/2), permitindo que Letícia da Rocha Lobo Prado e Ellen Siuza Rocha Lobo, familiares da ex-secretaria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Cláudia Lobo, respondam em liberdade pelos desvios milionários da entidade de Bauru, no interior de São Paulo. Além delas, Diamantino Passos Campagnucci Júnior e Persio de Jesus Prado Junior, funcionários da instituição, também foram beneficiados. Eles estavam detidos desde 3 de dezembro, alvos de mandados de prisão juntamente com outros quatro empregados da Apae, todos acusados de desvio de verbas da associação. A investigação, denominada “Operação Apae”, ainda analisa colaboradores, ex-colaboradores e fornecedores da entidade, que é considerada vítima nas apurações policiais.
Em paralelo aos desvios financeiros, também ocorreu o homicídio de Cláudia Regina da Rocha Lobo, secretária-executiva da Apae, que desapareceu em circunstâncias misteriosas. As investigações revelaram que ela foi vista pela última vez saindo da instituição para tratar de questões profissionais. Câmeras de segurança mostraram Cláudia entrando em um veículo com Roberto Franceschetti Filho, momento em que ela cedeu a direção a ele e se sentou no banco de trás. Posteriormente, foram encontrados vestígios de sangue e uma arma no veículo, e provas balísticas ligaram a arma de Roberto ao crime. A polícia concluiu que Cláudia foi assassinada e teve seu corpo queimado pelo ex-presidente da Apae em um local chamado Pousada da Esperança. Roberto Franceschetti Filho foi preso nove dias após o desaparecimento e enfrenta acusações pelo homicídio da secretária.
As intrigantes circunstâncias que envolvem tanto desvios financeiros quanto um crime brutal demonstram a complexidade e seriedade do caso, que continua a ser investigado minuciosamente pelas autoridades competentes.
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