A descoberta de uma arma do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em posse de José Heliomar de Souza, associado ao Comando Vermelho (CV), foi feita pela Polícia Federal (PF). Heliomar é apontado como líder de uma organização criminosa envolvendo policiais, responsável pelo tráfico interestadual de drogas.
A pistola do Ibama que estava com Heliomar estava registrada em nome do ex-técnico ambiental do Ibama, Nilson Tadeu Isola Lago Junior, de 36 anos. Após pedir demissão do órgão, Lago não devolveu a arma, que foi encontrada em posse do traficante.
A Operação Puritas, deflagrada no ano passado, teve como um dos alvos José Heliomar, que recrutava policiais para atividades de tráfico de drogas. Durante a operação, diversas armas foram apreendidas, incluindo a pistola pertencente ao Ibama.
Nilson Lago, por sua vez, foi preso pela PF após ser encontradas munições de diferentes calibres escondidas em sua residência durante um mandado de busca e apreensão. Apesar da prisão, foi concedida liberdade provisória mediante o pagamento de fiança.
O Ibama informou que Nilson Lago foi notificado duas vezes para devolver a arma e outros equipamentos institucionais, porém, sem sucesso. O órgão acionou a Justiça para recuperar a posse da arma.
Nilson Lago é investigado por ceder a pistola ao traficante. A Polícia Federal apura as circunstâncias desse ocorrido. Lago também é objeto de investigação por sumiço de armas apreendidas em outra ocasião.
A Operação Puritas resultou em prisões de policiais militares e rodoviários federais, que colaboravam com José Heliomar no tráfico de cocaína para várias regiões do Brasil, especialmente para o Comando Vermelho em Fortaleza (CE).
O caso envolvendo a arma do Ibama e sua ligação com o tráfico evidencia a gravidade da situação e a urgência de medidas para coibir ações ilícitas desse tipo.
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