A Justiça Federal na Bahia condenou Ricardo Rangel, conhecido como Sem Cabelo, Adilson de Souza (Amigo Mina) e Edgar Espíndola (Chiva) por fazerem parte de uma organização criminosa que fornecia armas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho (CV). As condenações foram baseadas em conversas que os ligavam a um intermediário de Diego Hernan Dírisio, apontado como um dos maiores traficantes de armas da América Latina e líder do grupo.
No caso de Ricardo Rangel, a Justiça Federal destacou diálogos em que ele negociava pistolas com Júlio Cantero, conhecido como Taito, demonstrando interesse em adquirir um grande volume de armas. Também ficou evidente seu envolvimento em negociações para a compra de pistolas e uma escopeta semiautomática. Durante o processo, Rangel permaneceu em silêncio ao ser questionado sobre as mensagens incriminatórias.
Adilson de Souza Pereira, por sua vez, solicitou a inclusão de um vídeo de fuzil em um lote de armas, denotando seu envolvimento nas negociações ilícitas. Já Edgar Espíndola, conhecido como Chiva, foi flagrado em conversas com o intermediário de Dírisio, onde discutiam a compra de armas. Cantero indicou que um caminhão fretado transportaria de 50 a 100 armas de fogo do Paraguai para o Brasil, evidenciando a dimensão do esquema criminoso.
As mensagens trocadas entre os compradores e o intermediário revelam a intensidade e recorrência das transações ilegais, com Chiva chegando a colocar uma margem de lucro sobre o valor das armas. Todo o esquema envolvendo a aquisição e transporte das armas foi detalhadamente documentado pela Polícia Federal, resultando nas condenações dos envolvidos.


Esses casos evidenciam a complexidade e gravidade das transações criminosas envolvendo fornecimento de armas para facções criminosas no Brasil. A condenação dos envolvidos demonstra um importante passo na luta contra o tráfico de armas e a exploração desse mercado ilegalmente.
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