Bolsonaristas surfam em queda de popularidade de Lula, mas veem 2025 difícil para ex-presidente

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) apresentou uma queda significativa na popularidade do governo Lula, revelando desafios à frente. Apesar da queda de 11 pontos percentuais em dois meses, para 24% de aprovação e uma reprovação recorde de 41%, os bolsonaristas veem dificuldades em transformar esse cenário em um impeachment efetivo do ex-presidente.

Neste contexto, Jair Bolsonaro retomou os ataques ao TSE e às urnas, estratégia que ressoa entre seus apoiadores. A manifestação marcada para 16 de março ganhou destaque e foi impulsionada por publicações nas redes sociais da extrema direita, incluindo apoio de Elon Musk, integrante do governo de Trump nos EUA.

Embora Bolsonaro tenha adotado uma postura conciliatória recentemente, buscando amenizar tensões políticas, movimentos recentes indicam um retorno a discursos mais agressivos, como a retomada dos ataques ao TSE e apoio ao impeachment de Lula.

Apesar dos esforços de Bolsonaro em se reconciliar com o centro político, a possível denúncia ao STF por sua participação em ações golpistas no final de seu mandato pode minar qualquer tentativa de anistia no Congresso.

A desaprovação de Lula, a expectativa de apoio de Trump e as limitações para um projeto de anistia levam Bolsonaro a apostar na mobilização popular para recuperar sua elegibilidade.

Entretanto, expandir as manifestações para além do “bolsonarismo-raiz” é um desafio, especialmente diante da frustração econômica da população, desvinculada de questões ideológicas.

Enquanto o governo busca ajustes para reverter a impopularidade, a baixa popularidade de Lula por si só não seria suficiente para desencadear um impeachment. Ainda assim, o cenário político permanece instável e sujeito a reviravoltas. As movimentações políticas seguem intensas, com desdobramentos imprevisíveis.

Em paralelo, alianças com grupos trumpistas nos EUA buscam criar supostos escândalos envolvendo Lula e a administração Biden, sem apresentar evidências concretas. Tais alegações reforçam a união entre a direita populista global, com Trump à frente, em um contexto político complexo e incerto.

Diante desse panorama, a política brasileira segue em constante evolução, com desafios urgentes e alianças cada vez mais estratégicas em jogo. O cenário para 2025 se desenha complexo e imprevisível, com Bolsonaro e Lula em lados opostos de uma disputa política tumultuada e permeada por incertezas.

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