O governo brasileiro está direcionando um investimento substancial de R$ 112,9 bilhões para o avanço tecnológico no campo da defesa. Deste montante, R$ 79,8 bilhões são provenientes de recursos públicos, enquanto R$ 33,1 bilhões são oriundos do setor privado. Esses projetos fazem parte da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que busca aprimorar e fortalecer a indústria nacional. O vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou o crescimento do setor industrial, destacando que as exportações da indústria de transformação alcançaram US$ 189 bilhões em 2023. No segmento de defesa, o Brasil registrou US$ 1,8 bilhão em exportações em 2024, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior.
A iniciativa NIB tem como meta aumentar a autonomia do país e modernizar o parque industrial até 2033, com foco especial na área de defesa. Para a Missão 6, já foram alocados R$ 42,1 bilhões, tendo R$ 37,7 bilhões disponíveis até 2026. Os investimentos abrangem o PAC Defesa, que destina R$ 31,4 bilhões a projetos significativos, como o caça Gripen e o cargueiro KC-390. Os R$ 33,1 bilhões de investimento privado serão destinados a setores como aeroespacial, defesa, nuclear e segurança.
A Embraer, uma das principais empresas do setor, estabeleceu contratos de financiamento com o BNDES e a Finep para a aquisição de aeronaves e o desenvolvimento de projetos estratégicos. A Missão 6 estabelece metas desafiadoras, visando atingir 55% de domínio nas tecnologias críticas para a defesa até 2026 e 75% até 2033. Atualmente, o Brasil já detém 42,7% de domínio nessas tecnologias, o que evidencia um avanço significativo na capacidade de autossuficiência do país nesse setor estratégico.
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