O Brasil fortalece a utilização de moedas locais entre os países do Brics, em um movimento para reduzir a dependência do dólar, ampliado após recentes tensões comerciais com os Estados Unidos. A liderança brasileira, atualmente sob Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está promovendo essa iniciativa no bloco, destacando a importância de adotar meios de pagamento regionais para facilitar tanto o comércio quanto os investimentos entre os membros. O objetivo é afastar-se da hegemonia do dólar em transações comerciais, mitigando a exposição a ações unilaterais extremistas que ameaçam a estabilidade econômica global, defendendo, assim, uma abordagem mais colaborativa entre as economias.
Marco Longari / AFP

Os líderes da China, Xi Jinping; do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da África do Sul, Cyril Ramaphosa; e da Índia, Narendra Modi, na cúpula do Brics em Joanesburgo
Além da busca pela diversificação monetária, o Brasil almeja fortalecer a cooperação em áreas como infraestrutura, tributação e aduanas. Há também a intenção de regular o uso de Inteligência Artificial e promover reformas nas instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, visando uma maior representatividade dos países em desenvolvimento nas decisões globais.
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