O Brasil enfrentou um grave problema em 2024 com a pirataria, sofrendo um prejuízo estimado em R$ 468 bilhões. O setor de vestuário foi o mais atingido, com perdas que ultrapassaram os R$ 87 bilhões. Além disso, outros segmentos como bebidas alcoólicas, combustíveis, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos também foram impactados negativamente.
Os números divulgados pelo Fórum Nacional contra a Pirataria (FNCP) revelam que a indústria teve prejuízos diretos que somaram quase R$ 328 bilhões e uma evasão fiscal de R$ 140 bilhões gerada pelo mercado ilegal. O contrabando de cigarros foi particularmente preocupante, com a apreensão de 59 milhões de maços ilegais pela Polícia Federal, movimentando cerca de R$ 9 bilhões e gerando uma evasão fiscal de R$ 7,2 bilhões.
Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional, destacou que a alta lucratividade e baixo risco associados às atividades ilegais têm alimentado esse cenário. Ele apontou também a carga tributária elevada como um fator que favorece o mercado ilegal, especialmente o imposto seletivo sobre produtos prejudiciais à saúde, que encarece os produtos legais, beneficiando organizações criminosas que não pagam impostos.
Para combater essa crise, a Receita Federal intensificou suas ações em 2024, resultando na apreensão de mais de R$ 3,7 bilhões em produtos ilegais, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade de ações efetivas para coibi-lo.
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