Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo

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Um recente levantamento de preços em capitais brasileiras revelou um aumento significativo no custo da cesta básica no mês de janeiro. Em 13 das 17 cidades pesquisadas, os valores subiram, impactando diretamente no orçamento familiar. Salvador teve a maior alta, seguida por Belém e Fortaleza. Por outro lado, Porto Alegre, Vitória, Campo Grande e Florianópolis apresentaram redução nos preços, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Reforma tributária isenta cesta básica de impostos e outras notícias relevantes:

  • Reforma tributária mantém carnes e queijos na cesta básica.
  • Cesta básica fica 1,15% mais cara em outubro na capital paulista.

O destaque foi para São Paulo, onde o custo dos alimentos que compõem a cesta básica atingiu R$ 851,82, representando 60% do salário mínimo oficial de R$ 1.518. De acordo com o Dieese, em janeiro, o salário mínimo necessário para sustentar uma família com quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15.

Um estudo recente divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a renda média do trabalhador brasileiro em outubro de 2024 foi de R$ 3.279,00, o dado mais atual disponível.

Desafios Econômicos Atuais

A análise do Dieese destaca a importância de garantir que o salário mínimo seja suficiente para suprir as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em meio a essa realidade, as cidades nas regiões Sul e Sudeste lideram os valores da cesta básica, com Florianópolis, Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentando números expressivos.

Impacto dos Alimentos no Orçamento

Curitiba, Vitória e Belo Horizonte também se destacam pelos custos elevados, mas são superadas por outras capitais, como Campo Grande, Goiânia e Brasília. No entanto, as capitais do Norte e Nordeste apresentam valores abaixo da metade do salário mínimo, mostrando a desigualdade regional.

O aumento da cesta básica está relacionado principalmente ao comportamento de três itens: café em pó, tomate e pão francês. Enquanto alguns produtos tiveram aumento significativo, como o tomate em algumas cidades, outros como batata e leite integral contribuíram para conter um aumento ainda maior. A situação se mostra desafiadora, especialmente em um cenário de câmbio desvalorizado e dificuldades na produção nacional de trigo.

É fundamental acompanhar de perto esses movimentos econômicos e pensar em estratégias para garantir o acesso a alimentos básicos para toda a população, visando a segurança alimentar e o bem-estar social.

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