São Paulo — O primeiro dia de atividades na Câmara Municipal de São Paulo foi marcado por debates envolvendo as recentes enchentes na cidade, discordâncias sobre o uso de mototáxis por aplicativos e uma movimentação intensa dos vereadores em busca de instaurar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
A sessão plenária que deu início ao ano legislativo contou com discursos das lideranças das bancadas e de vereadores estreantes, sem votações imediatas de projetos. As deliberações devem ter início somente após a definição das comissões, prevista para a próxima semana.
O impacto das enchentes, sobretudo nas áreas mais vulneráveis, como o Jardim Pantanal, foi abordado por vereadores da oposição, ressaltando a necessidade de soluções estruturais diante desse problema recorrente.
Enquanto isso, em meio aos discursos, o vereador Alessandro Guedes (PT) solicitou a abertura de uma CPI para investigar as causas das enchentes no Jardim Pantanal e as medidas tomadas pela prefeitura para combatê-las.
Regulamentação dos Mototáxis
Outro ponto em destaque foi a polêmica em torno dos mototáxis por aplicativos na cidade, atualmente em disputa judicial com a prefeitura e as empresas 99 e Uber. Vereadores de diferentes posicionamentos políticos defendem a necessidade de regulamentação desse serviço, que conta com projetos distintos em análise, abordando desde a liberação até a proibição dos mototáxis.
Enquanto alguns apoiam a proibição diante de questões de segurança viária, outros defendem a regulamentação como uma alternativa mais coerente. Uma audiência pública foi agendada para discutir o tema, gerando opiniões divergentes entre os vereadores.
Corrida pelas CPIs
No início do ano legislativo, há uma movimentação intensa dos vereadores na busca por abrir CPIs. O regimento interno estabelece a criação de no mínimo duas CPIs.
O presidente Ricardo Teixeira sinalizou que pretende conduzir uma CPI da oposição e outra da situação, sendo que diversas estão em fase avançada de coleta de assinaturas. Temas como aumento nas contas de água pós-privatização da Sabesp, irregularidades em empreendimentos sociais e violência contra ambulantes são focos dessas investigações.
A definição das CPIs a serem votadas em plenário está em curso, aliada à composição das comissões da Casa, com articulações partidárias já em andamento.
Como desdobramento dos debates iniciais, as próximas semanas prometem intensa atividade na Câmara Municipal de São Paulo, refletindo a diversidade de desafios e prioridades da cidade.
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