Há aproximadamente 8 meses, a OEC, empresa de construção e principal operação do grupo Novonor (anteriormente conhecido como Odebrecht), apresentou um plano de recuperação judicial que foi aprovado por mais de 90% de seus credores durante uma assembleia realizada recentemente.
Detalhes da aprovação
- Na assembleia ocorrida na última sexta-feira (7/2), 92% dos credores da empresa votaram a favor do plano de recuperação judicial. A proposta ainda está sujeita à homologação judicial.
- Se o plano for aprovado pelo Judiciário, as dívidas da OEC deverão reduzir significativamente, passando de US$ 4,6 bilhões (aproximadamente R$ 26,4 bilhões) para US$ 150 milhões (R$ 863,2 milhões), conforme estimativa de representantes da empresa no processo.
Controvérsias
O processo de negociação em torno da recuperação judicial se arrastou por vários meses. Um dos credores, o Fidera Group, chegou a questionar a eficácia do plano e contestou um empréstimo intermediado pelo BTG Pactual, alegando falta de transparência. Este grupo britânico detém US$ 338 milhões (R$ 1,9 bilhão) em créditos contra a OEC.
Este episódio envolvendo a construtora surge aproximadamente 6 anos após a Odebrecht anunciar sua própria recuperação judicial, um marco que ocorreu em meio às investigações da Operação Lava Jato, quando a empresa divulgou possuir dívidas de R$ 98,5 bilhões.
O que é recuperação judicial?
A recuperação judicial é um mecanismo que possibilita que empresas reestruturem suas dívidas, evitando assim o fechamento das operações, demissões em massa e atrasos nos pagamentos a funcionários.
Por meio desse processo, as companhias obtêm um período de carência para pagamento aos credores, contudo devem apresentar um plano que permita sanar as dívidas e seguir operando normalmente.
De forma resumida, a recuperação judicial é uma medida que busca evitar a falência das empresas.
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