De invasões e cemitérios: Câmara de SP inicia ano com “guerra de CPIs”

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São Paulo — O início do ano legislativo na Câmara Municipal de São Paulo traz consigo a aproximação de discussões fervorosas e estratégias políticas. A primeira reunião do Colégio de Líderes, agendada para terça-feira (4/2), delineará a pauta dos próximos passos, com destaque para a definição das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que serão propostas para investigação.

Segundo o regimento interno da Casa, é exigido um mínimo de duas CPIs em funcionamento simultâneo, podendo chegar a um limite máximo de cinco. Para dar entrada em um pedido de CPI, são necessárias as assinaturas de 19 vereadores. Posteriormente, as lideranças partidárias determinam quais propostas serão submetidas à aprovação do plenário, exigindo-se o voto favorável de 28 parlamentares para efetivação da CPI.

As disputas entre parlamentares de diferentes vertentes políticas já se fazem presentes, com a corrida para o protocolo de suas respectivas CPIs. Os vereadores Lucas Pavanato (PL) e Amanda Vettorazzo (União), novatos na casa, foram os primeiros a requisitar abertura de CPIs, com enfoque nas ocupações de prédios públicos e privados por movimentos sociais, que classificam como invasões.

Enquanto isso, parlamentares de esquerda direcionam seus esforços para investigar a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Nabil Bonduki e João Ananias, do PT, buscam apoio para proposição de CPIs que visam averiguar possíveis irregularidades em empreendimentos subsidiados pela prefeitura como habitações de interesse social, agravadas por suspeitas de fraude nos empreendimentos.

The probe also extends to the privatization of funeral services in the city, carried out by the Nunes administration in the previous mandate. Councilor Dheison (PT), also a first-term member, is gathering signatures to formally request the establishment of a commission to investigate alleged irregularities in funeral services provided in the city since January 2023.

Adicionalmente, Luna Zaratini, líder do PT na Câmara, propôs uma CPI para investigar possíveis aumentos nas contas de água após a privatização da Sabesp, bem como eventuais benefícios irregulares a grupos privados ou prejuízos ao erário público no âmbito do processo de privatização.

À medida que as CPIs vão sendo delineadas, a arena política se aquece em São Paulo, prometendo debates de peso e investigações de impacto para o desdobramento do cenário político local.

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