Defensora que questionou Smart Sampa no Carnaval é alvo de deputada

Publicado:

São Paulo — Em meio a uma polêmica envolvendo o uso do reconhecimento facial do Smart Sampa durante o Carnaval, a deputada estadual de São Paulo Carla Morando (PSDB) solicitou, nesta quarta-feira (26/2), a abertura de um procedimento administrativo contra três defensoras públicas que questionaram a utilização dessa tecnologia nos blocos de folia na capital paulista.

No último dia 21/2, as defensoras públicas Fernanda Penteado Balera, Gabriela Galetti Pimenta e Surrailly Fernandes Youseef emitiram um ofício recomendando que a Prefeitura de São Paulo evite usar o reconhecimento facial do Smart Sampa para identificar foliões durante o Carnaval.

A deputada alegou que a atitude das defensoras vai contra os interesses da população, não apenas da cidade e do estado de São Paulo, mas de todo o Brasil. Ela questionou as indagações feitas pelas profissionais e declarou que a decisão não atende “à população de bem”.

“A quem essa medida estaria atendendo? Com certeza, da população de bem não o é”, afirmou a parlamentar.

Além disso, Carla Morando solicitou o afastamento imediato da defensora pública Fernanda Penteado Balera, argumentando que as ações dela demonstram, mais uma vez, um possível excesso de suas atribuições legais, o que prejudica a imagem da Defensoria Pública.

A deputada é casada com Orlando Morando, atual secretário municipal de Segurança Urbana da gestão de Ricardo Nunes, que é um entusiasta do Smart Sampa.

Pedido da Defensoria Pública

  • No ofício, a Defensoria solicitou que a prefeitura paulistana evite o uso do reconhecimento facial para identificar pacíficos participantes de blocos, pois essa prática seria considerada “discriminatória e inconsistente” com a garantia de manifestações pacíficas.
  • O órgão também pediu que o equipamento não fosse usado para intimidar ou impedir participantes, a menos que houvesse riscos reais e justificativas válidas.
  • A Defensoria citou um protocolo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o uso de tecnologias de reconhecimento facial em manifestações pacíficas para embasar seu posicionamento.
  • A Prefeitura de São Paulo considerou o ofício como algo “estranho e indignante”.
  • A administração afirmou que é inaceitável que um órgão público cogite impedir o funcionamento de um sistema que tem contribuído para a prisão de criminosos. Para a prefeitura, a população não deve ser privada desse instrumento de segurança durante o Carnaval.
  • A gestão municipal garantiu que manterá o Smart Sampa em operação 24 horas por dia para auxiliar na prisão de criminosos.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Pedroca” e “Miss Presídio” são presos por tráfico de drogas em Prado

Na noite do último domingo, 20 de julho, a tranquilidade de Prado foi abalada quando a Polícia Militar prendeu Pedro Lucas Aguiar Sales...

STF abre inscrições para vaga de juízes no Conselho Nacional do Ministério Público

As portas do Supremo Tribunal Federal (STF) agora estão abertas para novos talentos! Estão aceitas inscrições para duas vagas destinadas a juízes no...

O Kanalha lamenta morte de Preta Gil: “Para sempre meu sol”

O cantor de pagode baiano Danrlei Orrico, popularmente conhecido como O Kanalha, prestou uma emocionante homenagem à cantora Preta Gil após sua trágica...