O Ministério da Saúde (MS) emitiu uma nota técnica com recomendações para otimizar a distribuição de vacinas contra a dengue no Brasil. A orientação é remanejar doses para municípios ainda não contemplados ou ampliar faixas etárias não selecionadas. Para vacinas com validade em até dois meses, a indicação é destinar as doses a municípios sem cobertura ou ampliar a faixa etária de vacinação para crianças de 6 a 16 anos. Já para vacinas com validade em até um mês, a estratégia pode ser expandida até 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade local.
É crucial que as doses administradas sejam registradas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) para garantir a segunda dose e o monitoramento adequado da imunização. O remanejamento das vacinas com curto prazo de validade é atribuição dos estados. A expansão da faixa etária deve considerar a disponibilidade de vacinas e a situação epidemiológica de cada local, conforme determina o MS.
Até o momento, mais de 6,5 milhões de doses foram distribuídas, com mais de 3,3 milhões aplicadas, cobrindo cerca de 50,82% do total. Entre as informações divulgadas, destaca-se que mais de 2,3 milhões de crianças e adolescentes receberam a primeira dose, enquanto 955.106 já completaram o esquema vacinal com a segunda dose.
No cenário epidemiológico, dados recentes mostram 324.798 casos prováveis de dengue no Brasil até meados de fevereiro, com 126 óbitos confirmados e 309 em investigação. São Paulo lidera em casos graves, seguido por Acre e Minas Gerais. A recomendação temporária do Ministério da Saúde visa otimizar o uso das vacinas disponíveis, priorizando a eficácia e segurança dos imunizantes, essenciais para proteger a população e evitar desperdícios.
A colaboração dos estados e municípios é fundamental para a implementação eficaz dessas medidas, garantindo que a vacinação seja eficiente e bem direcionada, visando maior proteção à saúde da população brasileira.
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