Raíssa Soares (PL), em processo de filiação ao PRTB para concorrer ao governo do estado em 2026, pode seguir solo nesse novo caminho político, sem a companhia de seu parceiro de longa data, o deputado estadual Diego Castro (PL). Segundo apurado pelo Bahia Notícias, Castro não demonstrou interesse em migrar para o PRTB e manifestou preferência por permanecer no PL, apesar dos conflitos internos, em vez de se juntar ao partido de Pablo Marçal.
Uma fonte próxima ao deputado revelou à reportagem que, embora haja uma relação sólida entre Castro e Raíssa, ele não vê vantagens em ingressar no PRTB por causa da representatividade limitada do partido na Bahia. Nas eleições de 2024, o partido não conquistou prefeituras e elegeu apenas cinco vereadores em todo estado, o que torna a mudança politicamente inviável.
“É uma decisão que não faz sentido politicamente”, afirmou a fonte, destacando a preferência de Castro em permanecer no PL devido à solidez da legenda.
Além da questão do tamanho do partido, a aversão a Pablo Marçal, influenciador e ex-candidato à prefeitura de São Paulo em 2024, também pesa na decisão de Diego Castro. Marçal teve desentendimentos públicos com o ex-presidente Jair Bolsonaro, trocando críticas nas redes sociais e entrevistas desde as eleições passadas.
“Ele [Marçal] é visto como pouco confiável. Com sua postura de pré-candidato presidencial, Diego prefere manter sua imagem distante dele”, revelou a fonte.
Enquanto publicamente Raíssa Soares avança em suas negociações de filiação ao PRTB, o presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche, sinaliza que a ex-candidata ao Senado assumirá o comando estadual da legenda.
“As conversas estão progredindo, a adesão em todas as regiões da Bahia é expressiva, as pesquisas me colocam na terceira posição, próxima do segundo lugar, e o engajamento nas redes sociais é significativo”, afirmou Raíssa em entrevista ao Gazeta do Povo.
A intenção de Avalanche é que Raíssa seja o nome do PRTB na disputa pelo governo da Bahia em 2026.
CRISE NO PL
Em um cenário de turbulência interna no PL, em novembro, a direção estadual do partido recebeu uma notificação para a instauração de um processo disciplinar envolvendo diversos membros, incluindo Diego Castro e Raíssa Soares.
O nome de Diego Castro e Raíssa Soares também foram mencionados em uma exposição feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro via redes sociais no final de outubro. Eduardo alegou que Raíssa estava enfrentando problemas no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) devido a irregularidades na prestação de contas eleitorais para duas empresas vinculadas à apresentadora do Brado Rádio, Vanessa Moreira. O deputado divulgou fotos dos registros de contabilidade de Raíssa, nos quais ela teria direcionado recursos para empresas ligadas à família de Alexandre Moreira.
Comentários Facebook