O dólar registrou queda para R$ 5,77, marcando a maior sequência de baixas desde o tempo do Plano Real.
Mesmo em meio à volatilidade do mercado financeiro, o dólar fechou em baixa pela 12ª vez consecutiva, atingindo um patamar abaixo de R$ 5,80 pela primeira vez desde meados de novembro. A Bolsa de Valores também apresentou recuo após a divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A cotação do dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,771, com uma queda de R$ 0,022 (-0,76%). O dia começou com estabilidade, mas a moeda norte-americana passou a cair no fim da manhã após a divulgação de indicadores econômicos desfavoráveis dos Estados Unidos.
A desvalorização do dólar, que atingiu o menor valor desde novembro, acumulou uma baixa de 6,59% em 2025, marcando a maior sequência de quedas diárias desde o tempo do Plano Real.
Já o mercado de ações teve um dia agitado, com o índice Ibovespa da B3 fechando aos 125.147 pontos, registrando uma queda de 0,65%. As ações de empresas exportadoras impulsionaram essa baixa, ainda que tenha sido parcialmente compensada pelo aumento nos papéis de instituições financeiras.
A desvalorização do dólar foi observada globalmente após a divulgação de que o número de vagas de emprego abertas nos EUA diminuiu em 556 mil em janeiro. Esse cenário de desaceleração do mercado de trabalho aumenta a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) reduza as taxas de juros além do esperado. Quedas nas taxas em economias desenvolvidas incentivam a entrada de investimentos em países emergentes, como o Brasil.
A divulgação da ata do Copom, considerada firme pelos especialistas, provocou um declínio nas ações do mercado. Além disso, a informação de que a inflação de alimentos pode se espalhar para outros setores econômicos elevou o temor de um possível aumento das taxas de juros pelo BC após a reunião de março. Taxas de juros mais elevadas no Brasil favorecem a migração de investimentos em ações para renda fixa, como títulos públicos.
*com informações da Reuters
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