São Paulo — Familiares de Erick Silva, de 24 anos, motorista que sumiu durante uma tempestade no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, sentem-se abandonados pelas autoridades. Eles reivindicam o esvaziamento de um piscinão na região para facilitar as buscas pelo rapaz e criticam a falta de empenho do governo no caso.
“Se fosse o filho de alguém famoso, o piscinão já estaria vazio e ele teria sido encontrado. Milhares de bombeiros estariam procurando. Infelizmente, não temos sobrenome poderoso, conexões políticas, somos tratados como qualquer um”, desabafa Jadiel Duarte, primo de Erick.
Desde que o carro de Erick foi arrastado pela enxurrada, os familiares têm se envolvido ativamente nas buscas. Parte da família chegou a entrar no córrego para procurá-lo quando souberam que os bombeiros interromperiam os trabalhos devido à baixa visibilidade.
Nos dias seguintes, o grupo se revezou para acompanhar as operações dos bombeiros, protestou na região pedindo por uma solução e buscou apoio de vereadores e deputados para pressionar as autoridades.
Jadiel relata o desespero da família diante da falta de informações sobre Erick e acredita que ele possa estar em um piscinão próximo ao local do incidente, solicitando o esvaziamento do reservatório.
Katarine Martins, noiva de Erick, cobra mais empenho das autoridades. “Nós votamos, pagamos impostos. Todos trabalhamos, certo? Fazemos nossa parte. Por que eles não fazem a deles?”, questiona a jovem.
Na segunda-feira, equipes de resgate se dividiram em três frentes de trabalho para localizar o motorista. Enquanto duas equipes buscavam na Marginal do Rio Pinheiros, a partir da ponte João Dias, outra concentrava esforços na região do piscinão e do Parque Santo Dias.
O Metrópoles entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo para obter um posicionamento, mas não obteve resposta até o momento. Estamos atentos a possíveis atualizações sobre o caso.
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