Ítallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, se entregou espontaneamente à Polícia Federal do Tocantins, na manhã desta segunda-feira (17/2), após ficar foragido desde dezembro de 2024. Ele é um dos acusados de participar de um esquema de fraudes em contratos públicos e desvio de recursos investigado pela Operação Overclean.
Com 33 anos, Ítallo ocupava cargos comissionados na Secretaria de Educação do Estado do Tocantins antes de assumir a diretoria administrativa em Goiânia.
As investigações apontam que ele utilizou sua posição para favorecer empresas relacionadas a Alex Parente, recebendo vantagens ilícitas em troca, totalizando pelo menos R$ 172.590,00, transferidos para contas indicadas por ele.
Conversas entre Ítallo e Alex Parente, obtidas pela Polícia Federal, revelam que o ex-diretor repassava informações bancárias para receber os valores e, em seguida, deletava as mensagens para dificultar o rastreamento das transações.
Após a deflagração da Operação Overclean, um mandado de prisão preventiva foi emitido, levando Ítallo a permanecer foragido até esta segunda-feira.
Em janeiro de 2025, a desembargadora Danielle Maranhão, do TRF-1, negou um pedido de habeas corpus da defesa de Ítallo, mantendo a ordem de prisão. O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
Operação Overclean
A operação visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em fraudes em licitações e superfaturamento de contratos públicos, com movimentações em torno de R$ 1,4 bilhão. O esquema incluía desvios por meio de emendas parlamentares destinadas a obras públicas e serviços, tendo como alvos principais os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, além de José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo” na Bahia.
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