Em uma mudança significativa, o governo dos Estados Unidos emitiu diretrizes para que funcionários alterem suas assinaturas de e-mail, proibindo a inclusão de pronomes pelos quais preferem ser identificados. Essas medidas, implementadas em diversas agências federais, estão diretamente relacionadas aos decretos do presidente Donald Trump, que buscam eliminar esforços de diversidade e equidade no governo.
Logo no início de seu mandato, Trump assinou documentos com o objetivo de acabar com o que seu governo considera “programas radicais e dispendiosos” de diversidade, equidade e inclusão, buscando restabelecer o que chamam de “verdade biológica” no governo.
Um dos decretos assinados pelo presidente restringe o reconhecimento de gênero para apenas opções binárias, masculino e feminino, em nível nacional, desconsiderando outras identidades de gênero.
Um comunicado interno obtido pela ABC News revela que o Escritório de Gestão de Pessoal instruiu agências a desativar recursos nos sistemas de e-mail que solicitam aos usuários seus pronomes preferidos.
Essas novas políticas republicanas já estão refletindo em ações práticas, como a remoção do termo “diversidade” de uma parede no escritório do FBI em Quantico, Virgínia, pois não é mais considerado um valor essencial pela agência.
Além disso, agências como a Usaid, a EPA, a GSA, o Departamento de Agricultura e os CDC estão seguindo a proibição do uso de pronomes em comunicações oficiais.
Funcionários, que preferem não se identificar por medo de represálias, relataram que nas agências Usaid, GSA e CDC foram ocultadas funcionalidades nos aplicativos de comunicação interna, como Slack e Teams, que permitiam a inserção de pronomes nas assinaturas de e-mail.
Essas medidas representam um cenário preocupante em relação à liberdade de expressão e identidade de gênero nos órgãos federais dos Estados Unidos.
Comentários Facebook