Aos 32 anos, Richard Sandrak, conhecido mundialmente na infância como “menino mais forte do mundo” ou “Pequeno Hércules”, expôs uma realidade até então oculta. Enquanto encantava o público com sua força e vigor físico, nos bastidores, sofria com um treinamento intenso e abusivo, orquestrado por seu próprio pai, Pavel Sandrak, campeão de artes marciais.
Contexto Traumático
- De origem ucraniana, Richard viveu sob um rigoroso regime de treinamento desde tenra idade, envolvendo musculação diária aos 5 anos.
- Aos 8 anos, já era mundialmente conhecido por sua força incomum para a idade.
- Embora se destacasse como celebridade, a realidade oculta revelava uma rotina de abusos físicos e psicológicos infligidos pelo pai.
“Quando se pensa em memórias infantis, geralmente as associamos a algo positivo. Eu não consigo me identificar. Minha infância foi marcada por abusos e violência”, revelou em entrevista.
A vida de Richard girava em torno de treinos exaustivos de até 12 horas por dia, regidos por acessos de ira do pai, transformando momentos em puras sessões de tortura. Ele descreveu seu pai como abusador, incapaz de aceitar qualquer sinal de cansaço ou desistência nos treinamentos.
Libertação dos Abusos
A reviravolta veio com a intervenção policial após agressões do pai contra a mãe de Richard. Pavel acabou preso e deportado, encerrando assim o ciclo de abusos. Richard, então, deixou para trás os pesos e a musculação, enveredando por outras práticas esportivas como natação, basquete e skate.
“Estou disposto a perdoar, mas jamais esquecerei. A musculação tornou-se um transtorno pós-traumático para mim.”
Os traumas não cessaram por completo, levando Richard ao vício em álcool, do qual se desintoxicou recentemente. Atualmente, leva uma vida simples em Los Angeles, dedicando-se a novos esportes e apreciando a serenidade ao lado da namorada advogada e dois gatos.
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