Após a sugestão de realocação dos palestinos da Faixa de Gaza pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo de Israel está desenvolvendo um plano para facilitar a “saída voluntária” da população do território, conforme anunciado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, nesta quinta-feira (6).
O plano inclui rotas terrestres, além de opções por mar e ar, para aqueles residentes de Gaza que desejarem sair do território. Embora sem detalhes sobre a logística, a proposta foi bem recebida por políticos da extrema direita israelense, como Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, elogiou a proposta de Trump, destacando a possibilidade de reconstrução de Gaza. No entanto, evitou entrar em detalhes sobre o plano americano, que incluía a possibilidade de enviar tropas dos EUA para ocupar Gaza e transformá-la em um polo de desenvolvimento econômico.
Críticos, incluindo aliados europeus e adversários como China e Rússia, rejeitaram a ideia, considerando-a improvável. A proposta foi comparada a episódios históricos como a nakba, levantando preocupações sobre limpeza étnica.
Diante da devastação em Gaza, a reconstrução, que exigirá financiamento internacional, poderá levar décadas. Organizações internacionais como a ONU apontam para a dificuldade de uma “saída temporária” para os refugiados palestinos.
A guerra na região intensificou a instabilidade no Oriente Médio, com Israel ampliando sua presença na Cisjordânia, mantendo ataques contra grupos como o Hezbollah no Líbano e apoiados pelo Irã. A colonização israelense na Cisjordânia dificulta a concretização de um Estado palestino, conforme acordos de paz de 1994.
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