Lula decide nomear Gleisi Hoffmann ministra da articulação política do governo

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O ex-presidente Lula (PT) definiu Gleisi Hoffmann como titular da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) em seu governo. A troca de comando foi divulgada nesta sexta-feira (28), em Brasília, DF.

Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, sucede Alexandre Padilha na função, o qual será transferido para o Ministério da Saúde, ocupando o lugar de Nísia Trindade. A posse da nova ministra está agendada para o dia 10 de março.

De acordo com fontes próximas, o presidente Lula expressou sua insatisfação com a falta de dinamismo político nas relações com o Congresso Nacional. Ao discutir a mudança na SRI, Lula destacou que confia em Gleisi para demonstrar habilidade na articulação política.

Lula ressaltou que a escolha de Gleisi é um reconhecimento de seu trabalho à frente do PT desde 2017. A SRI desempenha um papel crucial na interlocução entre o Executivo e o Legislativo, e ficará sob a responsabilidade da nova ministra com a transferência de Alexandre Padilha para a Saúde.

O presidente lembrou que Gleisi desempenhou um papel fundamental na construção de alianças durante as eleições presidenciais de 2018 e 2022, dialogando com todos os partidos que apoiaram sua candidatura. Sua habilidade de negociação e relacionamento com líderes do Congresso foram destacadas por Lula.

Gleisi Hoffmann, que coordenou a campanha de Lula em 2022, demonstrou sua capacidade de articulação ao buscar a neutralidade do PSB nas eleições passadas, além de articular a formação de uma frente de oposição após a eleição de Jair Bolsonaro. Com apoio majoritário do PT, Gleisi também foi fundamental na aprovação de Geraldo Alckmin como vice de Lula.

A expectativa é que, na função de ministra da SRI, Gleisi Hoffmann trabalhe em prol da construção de uma aliança para a candidatura de Lula em 2026, fortalecendo suas bases políticas.

Apesar de críticas entre membros do PT e da base aliada, Lula persistiu em sua escolha, evidenciando que busca uma abordagem mais incisiva na condução política. A nomeação de Gleisi também despertou discordâncias, com a liderança do MDB pleiteando a indicação de Isnaldo Bulhões Jr. (AL) para o cargo.

Diante de resistências de partidos aliados e a busca por maior engajamento político, a nomeação de Gleisi Hoffmann reflete a estratégia de Lula em fortalecer sua base interna para os desafios à frente.

No entanto, a busca por uma abordagem mais assertiva também pressupõe desafios, como destacou a demissão de Nísia por falta de agressividade. Lula busca, assim, imprimir maior dinamismo e eficácia em sua gestão governamental.

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