Marcelo Timbó: Sem Racismo na Mudança de Música de Claudia Leitte
A controvérsia em torno da modificação na música ‘Caranguejo (Corda do Caranguejo)’, por Claudia Leitte, resultou em um inquérito civil aberto pelo Ministério Público da Bahia para investigar possíveis danos morais às religiões de matriz africana. A mudança na letra da música, substituindo o termo “Iemanjá” por “Yeshua”, tem gerado discussões. Marcelo Timbó, advogado e músico, participou do podcast JusPod para analisar o caso.
Timbó esclareceu que, sob a perspectiva jurídica, não é necessário consentimento prévio dos autores para alterações em letras de músicas durante apresentações ao vivo. Ele destacou que a mudança de uma palavra na interpretação da canção não configura prejuízo, pois o sistema jurídico brasileiro permite paródias.
Questionado sobre a possibilidade de racismo religioso, Timbó afirmou não identificar discriminação, enfatizando a seriedade do tema do racismo e a necessidade de foco nas verdadeiras lutas contra essa questão. Além disso, defendeu Claudia Leitte, com quem possui relação pessoal, declarando que ela não tem qualquer postura racista ou intolerante em relação às religiões. Na opinião de Timbó, o debate sobre a modificação da letra durante uma performance ao vivo se enquadra mais na esfera da responsabilidade civil ligada aos autores, baseada no direito moral da integridade da obra, e não em questões de racismo.
Marcelo Timbó, além de jurista, é mestre em Direito, professor e atua com foco em temas como Direito Civil, Direito Ambiental e Direito Autoral. Sua experiência abrange áreas como Propriedade Intelectual, Responsabilidade Social e Meio Ambiente, evidenciando sua sólida formação e atuação profissional abrangente.
Diante do exposto, a reflexão sobre a polêmica gerada pela mudança na música de Claudia Leitte ressalta a importância da análise do contexto legal e artístico envolvido, destacando a necessidade de ponderação e compreensão aprofundada antes de conclusões precipitadas.
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