O ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, tomou uma decisão drástica. Ele anunciou a suspensão de todas as “atividades de lazer” nos presídios do país, com exceção daquelas relacionadas à educação, aprendizado do francês ou atividades físicas. Isso ocorreu após uma controvérsia em um centro de detenção no sul da França, onde presos receberam tratamentos de beleza.
O sindicato FO Justice expressou grande indignação com a situação. A controvérsia surgiu após a oferta de massagens faciais a presos em um estabelecimento penitenciário na periferia de Toulouse, a aproximadamente 700 km ao sul de Paris no Dia dos Namorados. Além disso, os presos haviam participado de um curso de dança country.
Jérôme Combelle, representante sindical dos funcionários da prisão, destacou a inaceitabilidade desses eventos: “Acho chocante que um estuprador, um sequestrador, possa se beneficiar disso. Eles estão sendo punidos por atos graves, também devemos pensar nas vítimas”.
O ministro Darmanin reforçou sua posição, afirmando que atividades recreativas que provoquem desconforto serão totalmente proibidas. Ele anunciou a interrupção imediata dessas práticas em todos os presídios do país, priorizando o suporte acadêmico, o aprendizado do francês, atividades laborais e esportivas dentro das prisões.
“Agora precisamos interromper completamente essas atividades, que ninguém entende”, afirmou Darmanin.
Essa decisão segue uma série de eventos polêmicos, incluindo um passeio de detentos da prisão de Toul ao Palácio de Versalhes, logo após o assassinato de dois agentes penitenciários, que gerou forte debate público na França.
O ministro alertou para a necessidade de readequação das atividades nos presídios, visando a promoção de um ambiente mais condizente com a seriedade das circunstâncias dos detentos.
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